tempos modernos

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sábado, 13 de agosto de 2011

importante: direitos autorais dos textos.

O texto que foi postado se refere a uma compilação de textos que se encontram nos sites:
http://inforum.insite.com.br/arquivos/5010/aula_SURGIMENTO_DA_SOCIOLOGIA.doc
além de usar trechos do livro didático de Cristina Costa - Sociologia - Introdução à ciência da Sociedade, Editora Moderna, SP, 2000.

Segue o material de meus queridos a adorados alunos!!! ATENÇÂO - Material inclui as três séries do ensino médio. BONS ESTUDOS.

Material didático para os alunos dos primeiros anos do ensino médio.

Surgimento da Sociologia

A formação da Sociologia é o resultado histórico da necessidade urgente do ser humano e da ciência em dar respostas racionais aos problemas sociais inaugurados pela estrutura social moderna, consolidada através da dupla revolução liberal-burguesa (Revolução Francesa e a Revolução Industrial).

Revolução Francesa, processo social e político ocorrido na França entre 1789 e 1799, cujas principais consequencias foram a queda de Luís XVI, a abolição da monarquia e a proclamação da República, que poria fim ao Antigo Regime.
As causas determinantes de tal processo estavam na incapacidade das classes dominantes (nobreza, clero e burguesia) de enfrentar os problemas do Estado, a indecisão da monarquia, o excesso de impostos que pesavam sobre os camponeses, o empobrecimento dos trabalhadores, a agitação intelectual estimulada pelo Século das Luzes e o exemplo da Guerra da Independência norte-americana. Os iluministas atacavam os fundamentos da sociedade feudal, os privilégios dos nobres e as restrições que estes impunham aos interesses econômicos e políticos da burguesia. Combinando o uso da razão e da observação os iluministas analisaram as instituições da época demonstrando que elas eram injustas e deveriam ser iluminadas.

A Revolução Industrial foi a expressão do poder da burguesia em ascensão e demonstrou a eficácia do novo saber inaugurado no séc. XVII, levando a concepção de cientificismo, no qual a ciência é considerada o único conhecimento possível e o método utilizado pelas ciências sociais o único válido. Representou também o triunfo da indústria capitalista.

Quadro geral de transformações do período medieval para a modernidade:


Até o séc. XVII
 Séc. XVII, XVIII e XIX
Senhor feudal x servos
Burguesia x proletariado
Sociedade Estamental ou sem mobilidade social
Sociedade de classes antagônicas e com mobilidade social
Valores: família (herdado por linhagem\parentesco)

Valores: prestígio resultante do esforço e da capacidade de trabalho individual
Trabalho era característica dos estamentos inferiores

Trabalho se tornou um valor ÉTICO da DIGNIDADE humana
Riqueza: terras
Riqueza: moeda, metais preciosos e capital.
Influência do dogmatismo: fé, predestinação e revelação
Poder exclusivo da razão (capacidade de discernir, distinguir e comparar)
Valores comunitários
Valores societários
Solidariedade
Individualidade
Lei natural e divina
Lei contratual e política liberal (liberalismo e Iluminismo)



A nova ordem social nascente, totalmente distinta do passado medieval e antigo, exige novas formas interpretativas, portanto a Sociologia surge de uma combinação histórica e temporal entre os problemas e pontos críticos da modernidade, através da formação de um corpo teórico e metodológico estruturado numa forma de conhecer a realidade de modo racional e experimental, herança das ciências físicas e naturais.

Principais impactos das Revoluções na sociedade europeia:

- Crescimento das desigualdades e contrastes sociais implementados pela consolidação do capitalismo industrial, inaugurando a problemática e o tema da "questão social", contexto social apresentado aglomerados urbanos como Londres e Paris no século XIX.
- Formação de um modo de produção (capitalismo) que subsiste através de uma relação constrativa e conflitiva entre as classes do capitalismo.
- Rompimento com os modos de vida tradicionais e com as instituições morais pertencentes à tradição, eliminação gradual das relações cooperativas e comunitárias e inauguração de relações sociais dissociativas, intensificando a diferenciação dos indivíduos e provocando um processo de individualização.
- Racionalização estrutural das sociedades economicamente avançadas na esfera econômica; inauguração de relações despojadas de valores afetivos e particularismos, na esfera política; burocratização do aparelho estatal, na esfera filosófica; laicização das instituições e condutas.

A Sociologia é uma das ciências humanas que estuda a sociedade, ou seja, estuda o comportamento humano em função do meio e os processos que interligam os indivíduos em associações, grupos e instituições. Enquanto o indivíduo na sua singularidae é estaduado pela psicologia, a Sociologia tem uma base teórico-metodológica, que serve para estudar os fenômenos sociais, tentanto explicá-los, analisando os homens em suas relações de interdependência. Compreender as diferentes sociedades e culturas é um dos objetivos da sociologia.
A sociologia surgiu como uma disciplina no século XVIII, na forma de resposta acadêmica para um desafio da modernidade: o mundo está ficando mais integrado, a experiência de pessoas do mundo é crescntemente atomizada e dispersada, dado o  modo de produção e da tecnologia capitalista. Sociólogos não so esperavam entender o que unia os grupos sociais, mas também desenvolver um "antídoto|remédio" para a desintegração social, ou seja, perceber e poder alterar as formas de solidariedade que estavam desaparecendo frente a nova estrutura social imposta pela modernidade. O rompimento do mundo tradicional e medieval para a modernidade.

As Ciências Sociais englobam a Sociologia, a Ciência Política e a Antropologia. A Sociologia é uma área de interesse muito recente, mas foi a primeira ciência social a se institucionalizar. Antes, portanto, da Ciência Política e da Antropologia, isso ao final do século XVIII.
O termo Sociologie foi criado por Auguste Comte (em 1838), que esperava unificar todos os estudos relativos ao homem — inclusive a História, a Psicologia e a Economia.
Em Comte, seu esquema analítico sociológico era tipicamente positivista, (corrente que teve grande força no século XIX). Acreditava que toda a vida humana tinha atravessado as mesmas fases históricas distintas e que, se a pessoa pudesse compreender este progresso, poderia prescrever os "remédios" para os problemas de ordem social.
A Sociologia surge no século XIX como forma de entender essas mudanças e explicá-las. No entanto, é necessário frisar, de forma muito clara, que a Sociologia é datada historicamente e que o seu surgimento está vinculado à consolidação do capitalismo moderno  e europeu (Inglaterra, França e Alemanha).
Esta disciplina marca uma mudança na maneira de se pensar a realidade social, desvinculando-se das preocupações especulativas e metafísicas e diferenciando-se progressivamente enquanto forma racional e sistemática de compreensão da mesma. A desigualdade no mundo não era mais explicada por fatores religiosos, mágicos ou transcendentais, mas sim pela relação que a humanidade se travou historicamente.
A Revolução Industrial significou, para o pensamento social, algo mais do que a introdução da máquina a vapor. Ela representou a racionalização da produção da materialidade da vida social.
O triunfo da indústria capitalista foi pouco a pouco concentrando as máquinas, as terras e as ferramentas sob o controle de um grupo social, convertendo grandes massas camponesas em trabalhadores industriais (proletários). Neste momento, se consolida a sociedade capitalista, que divide de modo central a sociedade entre burgueses (donos dos meios de produção) e proletários (possuidores apenas de sua força de trabalho).
O surgimento da Sociologia prende-se em parte aos desenvolvimentos oriundos da Revolução Industrial, pelas novas condições da existência humana por ela criada. Mas uma outra circunstância concorreria também para a sua formação. Trata-se das modificações que vinham ocorrendo nas formas de pensamento, originada pelo Iluminismo. As transformações econômicas, que se achavam em curso no ocidente europeu desde o século XVI, não poderiam deixar de provocar modificações na forma de conhecer a natureza e a cultura.

 

Material didático para os alunos dos segundos anos do ensino médio.


O Ser Humano

O ser humano (Homo Sapiens) se distingue  das demais espécies existentes porque grande parte de seu comportamento, que recebe e adquire mediante a cultura, se desenvolve com o aprendizado recebido pelos seus ascendentes, enquanto que os animais herdam naturalmente pelos genes.
As diversas culturas humanas transmitem suas experiências e visões de mundo mediante a comunicação. Estabelece-se uma íntima identidade entre linguagem, experiência e realidade. Base do imaginário para o conhecimento humano.
Todas as culturas humanas apresentam padrões comuns que são igualmente abstratos e significativos, como a hierarquia social e os ritos de passagem (os rituais), como o casamento, funeral, maioridade, gênero, sexualidade, entre outros ritos.



O conceito de comunicação se refere ao uso da linguagem como um conjunto organizado e limitado de símbolos e signos que dá forma a cultura e permite a integração entre os seres da sociedade.
O conceito de cultura, se referia, no século XIX, aos estudos e pesquisas históricas e folclóricas, a vida material de grupos humanos distintos dos europeus colonizadores, que naquele período viam as desigualdades entre os seres humanos a justificativa para a dominação de diversos grupos considerados de culturas inferiores. Hoje, com uma nova perspectiva científica mais participativa e igualitária, se refere a um conjunto de significados que são interpretados e partilhados por um grupo sobre a realidade que os cerca. Todo grupo social produz cultura, ou elementos que os vincula como grupos específicos em seus valores, moral, roupas e de suas próprias regras do pertencimento.
O ser humano se distingue (pela descendência) das demais espécies existentes porque grande parte de seu comportamento, que recebe e adquire mediante a cultura, se desenvolve com o aprendizado recebido pelos seus ascendentes, enquanto que os animais herdam naturalmente pelos genes.
As diversas culturas humanas transmitem suas experiências e visões de mundo mediante a comunicação. Estabelece-se uma íntima identidade entre linguagem, experiência e realidade. Base do imaginário para o conhecimento humano.
Todas as culturas humanas apresentam padrões comuns que são igualmente abstratos e significativos, como a hierarquia social e os ritos de passagem (os rituais), como o casamento, funeral, maioridade, gênero, sexualidade, entre outros ritos.

As tribos urbanas, também chamadas de subculturas ou subsociedades (ou metropolitanas ou regionais) são constituídas de microgrupos que têm como objetivo principal estabelecer redes de amigos com base em interesses comuns. Essas agregações apresentam uma conformidade de pensamentos, hábitos e maneiras de se vestir. Um exemplo conhecido de tribo urbana são os punks. Segundo Michel Maffesoli, o fenômeno das tribos urbanas se constitui nas "diversas redes, grupos de afinidades e de interesse, laços de vizinhança que estruturam nossas megalópoles”.

Cultura popular – também denominada no plural como Culturas Urbanas, faz referência ao conjunto de práticas culturais, artísticas e desportivas realizadas num espaço urbano, mais perceptível nas cidades e bairros.
Subcultura é o conjunto de particularidades culturais de um grupo que se distancia do modo de vida dominante sem se desprender dele.

Contracultura é um movimento que teve seu auge na década de 1960, quando teve lugar um estilo de mobilização e contestação social e utilizando novos meios de comunicação em massa. Jovens inovando estilos, voltando-se mais para o anti-social aos olhos das famílias mais conservadoras, com um espírito mais libertário, resumido como uma cultura underground, cultura alternativa ou cultura marginal, focada principalmente nas transformações da consciência, dos valores e do comportamento, na busca de outros espaços e novos canais de expressão para o indivíduo e pequenas realidades do cotidiano, embora o movimento Hippie, que representa esse auge, almejasse a transformação da sociedade como um todo, através da tomada de consciência, da mudança de atitude e do protesto político.

A contracultura pode ser definida como um ideário altercador que questiona valores centrais vigentes e instituídos na cultura ocidental. Justamente por causa disso, são pessoas que costumam se excluir socialmente e algumas que se negam a se adaptarem às visões aceitas pelo mundo. Com o vultoso crescimento dos meios de comunicação, a difusão de normas, valores, gostos e padrões de comportamento se libertavam das amarras tradicionais e locais – como a religiosa e a familiar -, ganhando uma dimensão mais universal e aproximando a juventude de todo o globo, de uma maior integração cultural e humana. Destarte, a contracultura desenvolveu-se na América Latina, Europa e principalmente nos EUA onde as pessoas buscavam valores novos.
Na década de 1950, surgiu nos Estados Unidos um dos primeiros movimentos da contracultura: a Beat Generation (Geração Beat). Os Beatniks eram jovens intelectuais, principalmente artistas e escritores, que contestavam o consumismo e o otimismo do pós-guerra americano, o anticomunismo generalizado e a falta de pensamento crítico.
Na verdade, como ideário, muitos consideram o Existencialismo de Sartre como o marco inicial da contracultura, já na década de 1940, com seu engajamento político, defesa da liberdade, seu pessimismo pós-guerra, etc, portanto, um movimento filosófico mais restrito, anterior ao movimento basicamente artístico e comportamental da Beat Generetion que resultaria em um movimento de massa, o movimento Hippie.
Na década de 1960, dessa forma, o mundo conheceu o principal e mais influente movimento de contra cultura ja existente, o movimento Hippie. Os hippies se opunham radicalmente aos valores culturais considerados importantes na sociedade: o trabalho, o patriotismo e nacionalismo, a ascensão social e até mesmo a "estética padrão".
O principal marco histórico da cultura "hippie" foi o "Woodstock," um grande festival ocorrido no estado de Nova Iorque em 1969, que contou com a participação de artistas de diversos estilos musicais, como o folk, o "rock'n'roll" e o blues, todos esses de alguma forma ligados às críticas e à contestação do movimento.
"De um lado, o termo contracultura pode se referir ao conjunto de movimentos de rebelião da juventude [...] que marcaram os anos 60: o movimento hippie, a música rock, uma certa movimentação nas universidades, viagens de mochila, drogas e assim por diante. [...] Trata-se, então, de um fenômeno datado e situado historicamente e que, embora muito próximo de nós, já faz parte do passado”. [...] “De outro lado, o mesmo termo pode também se referir a alguma coisa mais geral, mais abstrata, um certo espírito, um certo modo de contestação, de enfrentamento diante da ordem vigente, de caráter profundamente radical e bastante estranho às forças mais tradicionais de oposição a esta mesma ordem dominante. Um tipo de crítica anárquica – esta parece ser a palavra-chave – que, de certa maneira, ‘rompe com as regras do jogo’ em termos de modo de se fazer oposição a uma determinada situação. [...] Uma contracultura, entendida assim, reaparece de tempos em tempos, em diferentes épocas e situações, e costuma ter um papel fortemente revigorador da crítica social." (Pereira, 1992, p. 20).
A partir de todos esses fatos era difícil ignorar-se a contracultura como forma de contestação radical, pois rompia com praticamente todos os hábitos consagrados de pensamentos e comportamentos da cultura dominante, surgindo inicialmente na imprensa foi ganhando espaço no sentido de lançar rótulos ou modismos.
É vital a importância dos meios de comunicação de massa para configurar a contracultura: "pela primeira vez, os sentimentos de rebeldia, insatisfação e busca que caracterizam o processo de transição para a maturidade encontram ressonância nos meios de comunicação" (Carvalho, 2002, p. 7).
O que marcava a nova onda de protestos desta cultura que começava a tomar conta, principalmente, da sociedade americana era o seu caráter de não-violência, por tudo que conseguiu expressar, por todo o envolvimento social que conseguiu provocar, é um fenômeno verdadeiramente cultural. Constituindo-se num dos principais veículos da nova cultura que explodia em pleno coração das sociedades industriais avançadas.
O discurso crítico que o movimento estudantil internacional elaborou ao longo dos anos 60 visava não apenas as contradições da sociedade capitalista, mas também aquelas de uma sociedade industrial capitalista, tecnocrática, nas suas manifestações mais simples e corriqueiras. Neste período a contracultura teve seu lugar de importância, não apenas pelo poder de mobilização, mas principalmente, pela natureza de ideias que colocou em circulação, pelo modo como as veiculou e pelo espaço de intervenção crítica que abriu.
Por contracultura, segundo Pereira, pode-se entender duas representações até certo ponto diferentes, ainda que muito ligadas entre si: Finalmente, esta ruptura ideológica do establishment, a que se se convencionou chamar de contracultura, modificou inexoravelmente o modo de vida ocidental, seja na esfera social, com a gênese do Movimento pelos Direitos Civis; no âmbito musical, com o surgimento de gêneros musicais e organização de festivais; e na área política, como os infindos protestos desencadeados pela beligerância ianque. Pode-se citar ainda o movimento estudantil Maio de 68, ocorrido na França, além da Primavera de Praga, sucedida na Tchecoslováquia no mesmo ano. Pereira (1992) assevera que é difícil negar que a contracultura seja a última – pelo menos até agora - grande utopia radical de transformação social que se originou no Ocidente.
Pode-se ainda considerar muitos movimentos de massa ligados à ideia de rebelião como desenvolvimentos posteriores da contracultura, como, por exemplo, o movimento Punk. Este é visto, pelos próprios punks, como o fim do movimento Hippie. Coicidentemente ou não, a época áurea do Punk, meados dos 70's e a morte de John Lennon (1980), a qual popularizou a frase "O sonho acabou", são muito próximas. No entanto, o maior diferencial entre os Punks e Hippies, além do visual, é a crença na não-violência gandhiana, propagada pelos hippies e negada pelos punks. Embora haja contróvérsia nesta negação da não-violência pelos punks, já que eles não apóiam, na totalidade de seu grupo, a violência física, mas sim uma violência contra os valores sociais através da agressividade visual (vestimentas e aparência), sonora (anti-música) e ideológica. Ainda assim, há punks que acreditam na violência física contra grupos opostos como fascistas e nazistas. Além disso, os punks possuíam, no geral, uma maior consciência do sentido político de suas atitudes contestatórias.
  Etnocentrismo é a posição política de interpretação e julgamento das diferenças culturais a partir de valores e juízos da cultura ao qual se está inserido.
Ou seja, “quando vemos o mundo através da nossa cultura específica, quando repudiamos maneiras de pensar e de viver com as quais não nos identificamos, quando ridicularizamos gostos que não correspondem aos nossos, estamos pensando e agindo de acordo com a lógica etnocêntrica. Estamos considerando o nosso modo de vida particular como o “mais correto”, o “mais natural”, o “melhor”. Através dessa lógica aqueles cujas crenças, divertimentos, preferências alimentares, etc. forem parecidas com as minhas serão admirados, enquanto que os diferentes de mim serão pejorativamente chamados de loucos, doentes ou animalizados”.
Na lógica etnocêntrica fazemos de nós mesmos e daqueles com quem nos identificamos o parâmetro para dizer o que é inferior ou superior, feio ou bonito, apetitoso ou nojento, evoluído ou atrasado, selvagem ou civilizado. Por isso pode-se afirmar que esta lógica produz classificações hierarquizantes que dificultam a convivência na diferença. Na medida em que a logica etnocêntrica não dá ao outro a oportunidade de dizer algo sobre si, ela pode servir de fundamento para atitudes racistas, xenófobas (preconceito ao imigrante), preconceituosas ou classistas. A partir dela criamos e manipulamos uma imagem do outro de acordo com os nossos critérios de como viver, como pensar, no que acreditar e assim por diante.
O Relativismo Cultural “é uma ideologia político-social que defende a validade e a riqueza de qualquer sistema cultural e  nega qualquer valorização moral e ética do mesmo. O relativismo cultural defende que o bem, o mal, o certo e o errado, entre outras categorias de valores são relativos a cata cultura. O “bem” coincide como o que é “socialmente aprovado” numa dada cultura. Ou seja, uma postura de tolerância e respeito aos costumes e traços culturais diferentes dos nossos.
Já o conceito de Eurocentrismo, que foi muito usado no século XIX, é a tendência a interpretar as sociedades não europeias a partir de juízos e valores europeus. Esse termo foi usado numa época que o novo imperialismo europeu (britânico, francês e alemão) bem como os preceitos científicos, como o evolucionismo, expressavam que o modo de vida europeu era o mais “desenvolvido” e “evoluído” das sociedades. Uma atitude que não dava a igualdade e a liberdade das outras culturas. Impunham e hierarquizavam o preconceito social.
De acordo com o livro didático, o desenvolvimento da antropologia social, ao final do século XIX, se deve ao florescimento das novas ciências, como a sociologia, a psicologia e a antropologia.
As causas foram a urbanização, a industrialização e a expansão imperialista europeia na Ásia e África, além dos interesses burgueses da elite europeia.
As ciências Sociais se refere a três áreas de conhecimento:
- sociologia.
- antropologia social
- ciência política
A sociologia estou, no princípio, a própria sociedade europeia, com as suas regras de comportamento e as transformações sociais que ocorreram com o advento da modernidade.
A antropologia, no princípio, estudou os povos colonizados na África, Ásia e América. O intuito era apresentar as particularidades desses grupos, com interesses para a implantação do novo modo de produção, o capitalismo.
A ciência política estou as diversas formas de poder. Na Europa, o poder laico e institucionalizado, em sociedades sem escrita, as diversas formas de poder.
A antropologia é a ciência da alteridade, ou seja, que estuda e analisa o “Outro” para se compreender a unidade e a diversidade humana. Essa ciência nos ajuda a compreender como características universais (cultura)  da humanidade podem assumir formas e significados diversos.
A antropologia possui três sub-áreas, sendo:
A arqueologia, que tem estudado a evolução da espécie humana mediante a análise de fósseis de hominídeos.
A etnologia tem como foco o estudo da diversidade cultural humana. Ou seja, as diversas etnias da humanidade, com intuito de “arquivar” as diversas formas das relações entre os seres humanos.
A antropologia cultural, que estuda as sociedades não europeias e os povos sem escrita.


 
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Material didático para os alunos dos terceiros anos do ensino médio.


O que é poder?

Poder: do Latim: Potere; é, literalmente, o direito de deliberar, agir e mandar e também, dependendo do contexto, a faculdade de exercer a autoridade, a soberania, ou o império de dada circunstância ou a posse do domínio, da influência ou da força.
A sociologia define poder, geralmente, como a habilidade de impor a sua vontade sobre os outros, mesmo se estes resistirem de alguma maneira. Existem, dentro do contexto sociológico, diversos tipos de poder: o poder social (de Estado); o poder econômico (poder Empresarial); o poder militar (poder político); entre outros. Foram importantes para o desenvolvimento da atual concepção de poder os trabalhos de Michel Foucault, Max Weber, Pierre Bourdieu.
Dentre as principais teorias sociológicas relacionadas ao poder pode-se destacar a teoria dos jogos, o feminismo, o machismo, o campo simbólico, dentre outros  que se desenvolverão segundo o professor Fernando Henrique Cardoso.
A política define o poder como a "capacidade - soberana" de se - impor algo, dai a "soberania - nacional", sem alternativa para a desobediência dentro do chamado "Estado-de-Direito". Segundo o Professor Fernando Henrique Cardoso(FHC), em sua obra Sociológica (vide seus inúmeros livros, de conhecimento público, principalmente os que abordam a de introdução básica do estuda da Sociologia como Ciência). O poder político, quando reconhecido como legítimo, dentro de um Estado Constitucional é sancionado pelo Congresso Nacional, como executor da ordem estabelecida, coincide com a Autoridade, mas há poder Político (Militar), distinto desta e que até se lhe opõe, como acontece na Revolução ou nas Ditaduras, dai estabelecendo-se uma nova ORDEM, diferente da primeira, segundo o Professor Fernando Cardoso de Sociologia.

OS TRÊS TIPOS PUROS DE DOMINAÇÃO LEGÍTIMA
Regina B. Lopes
Nesta resenha, pretendo mostrar como a dominação é resultado de uma relação social de poder desigual, onde se vê claramente, que um lado manda e outro obedece. Existe a subordinação de uns e poder de outros. As relações de dominação são necessárias, para a manutenção da ordem social.
Weber é considerado, junto com Karl Marx e Émile Durkheim, um dos fundadores da sociologia e dos estudos comparados sobre cultura e religião, disciplinas às quais deu um impulso decisivo. A sua abordagem diferia da de Marx, que utilizou o materialismo dialético como método para explicar a evolução histórica das relações de produção e das forças produtivas. Contrastava igualmente com as propostas de Durkheim, que considerava ser a religião a chave para entender as relações entre o indivíduo e a sociedade. Para Weber, o núcleo da análise social consistia na interdependência entre religião, economia e sociedade.
Segundo estudos apresentados por Max Weber, existem três tipos puros de dominação legítima, que são: Dominação Legal, Dominação Tradicional e Dominação Carismática.
A dominação legal tem como idéia base à existência de um estatuto que pode criar e modificar normas, desde que seu processo (forma) esteja previamente estabelecido.
A forma mais pura de dominação legal é a burocracia. Muito embora não haja domínio legal que seja exclusivamente burocrático, já que não há como uma empresa ser constituída unicamente por funcionários contratados; há sempre os dignitários, ou seja, os que ocupam cargo mais alto. Podemos concluir então, que o elemento burocrático é essencial para o trabalho rotineiro.
Weber faz uma analogia entre o desenvolvimento de um Estado Moderno e o da moderna burocracia; também entre a evolução do capitalismo moderno e a burocratização crescente das empresas econômicas.
A dominação tradicional, por sua vez, é aquela que se dá em virtude da crença na "santidade" das ordenações e dos poderes senhoriais, possuindo como tipo mais puro a dominação patriarcal, na qual o "senhor" ordena e os súditos obedecem. Seu quadro administrativo é formado por "servidores". A dominação é exercida em virtude da dignidade do senhor e reiterada pela tradição: por fidelidade. À vontade do senhor possui caráter importantíssimo e uma característica "elástica". Dessa maneira, as normas tradicionais se restringem a um campo determinado enquanto que, numa outra esfera, de acordo de com a "graça" e "arbítrio livres", age conforme seu prazer, sua simpatia ou antipatia e de acordo com ponto de vista puramente pessoal. Seus princípios são os da eqüidade ética material, da justiça ou da utilidade prática – diferente do caráter formal existente na dominação legal.
Em virtude de devoção a pessoa do senhor e seus dotes sobrenaturais (carisma) e, particularmente, a faculdades mágicas, revelações ou heroísmo, poder intelectual ou de oratória; o sempre novo, o extracotidiano, o inaudito e o arrebatamento emotivo que provocam, constituem fonte de devoção pessoal, caracteriza a dominação carismática.
A obediência enquanto obtenção do consentimento passivo (imposição carismática) ou subordinação (por imposição tradicional) não é um elemento desejável, embora possível ou real. A disciplina por sua vez, definida como "a probabilidade de que, em virtude do hábito, um comando receba obediência pronta e automática de forma estereotipada, da parte de um grupo dado de pessoas" é para Weber, um ingrediente fundamental da sociedade.
Quando esta disciplina não é habitual, mas exige a presença de fato de mando eficaz (pessoal, organizacional ou institucional) para obter obediência, estamos numa situação de dominação.
A dominação legal subordina tanto o dominado quanto o dominante a um mesmo estatuto, evitando assim, abusos de poder. Ela supera a obediência tradicional (de cunho aristocrático) e a subordinação personalizada (carismática ou sultânica) por promover uma menor probabilidade de decisões arbitrárias. Ela acarreta maior estabilidade na relação dominante/ dominado, uma vez que os direitos deste, como, por exemplo, o da queixa, já estão previamente garantidos. Todavia, o exercício legal-racional de dominação também envolve uma certa dose de força. Esta pode ser "ativa", por meio de agentes sociais,e estrutural, ou seja, já implícita na situação.
À disciplina se opõe o carisma, por seu caráter de "poder mágico" e como atributo único e transitório de um indivíduo. Portanto, o carisma entra como um desestabilizador "da ordem" repleto de impositivos não institucionalizados nem rotinizáveis. Weber desconfia nitidamente do carisma. Acredita ser extremamente perigosa a possibilidade de elementos emocionais virem a predominar na política. A massa, que só pensa em curto prazo, está sempre exposta a influências diretas puramente emocionais e irracionais.
A dominação tradicional é um típico exemplo de influência de valores morais e éticos existente desde a Idade Antiga e que, de certa maneira, foi sobreposta, aos poucos, na Idade Moderna pela dominação legal. No entanto, tal dominação pode ser observada até hoje, de forma não oficial. Ela depende amplamente da submissão moral do ordenado para com o ordenador, se esta não existir, a corrente de poder poderá facilmente ser quebrada acarretando uma revolução e queda de poderes.
Tal dominação pode ser imposta por meios materiais, à medida que o senhor possui uma vantagem "financeira", ou por meios coercitivos, que também asseguram a manutenção desta situação.

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KARL MARX nasceu em Treves, na Prússia, em 1818. Era filho de um advogado judeu convertido ao protestantismo. Foi filósofo, historiador, economista e jornalista. Deixou numerosos escritos como "Manuscritos econômicos e filosóficos", "0 18 Brumário de Luís Napoleão", "Contribuição à crítica da economia política", "0 Capital", e, em conjunto com Engels, "A Ideologia Alemã", "Manifesto Comunista", entre outros. Segundo Engels, as duas grandes descobertas cientificas de Marx foram: a concepção do materialismo histórico e a teoria da mais-valia. Ativista político fundou e dirigiu a Primeira Internacional Operária, de 1867 a 1873. Em 1843, exilou se em Paris e posteriormente em Bruxelas e em Londres, onde morreu em 1883.
FRIEDRICH ENGELS (1820/1895) era filho de um rico industrial do ramo têxtil, da Renânia. Escreveu "A situação das classes trabalhadoras na Inglaterra", "Do Socialismo Utópico ao Socialismo Científico", "A origem da família, da propriedade privada e do Estado", entre outras obras. Colaborou intensamente com Marx e foi responsável pela organização e publicação do segundo e do terceiro volumes de "0 Capital", após a morte de Marx, com base em manuscritos e notas deixados por ele.
As idéias de Karl Marx e de Friedrich Engels sofreram influência das principais correntes de pensamento de sua época, como a economia liberal inglesa de Adam Smith e David Ricardo; o socialismo utópico dos franceses Fourier e Saint Simon; a dialética, o materialismo dos alemães Hegel e Ludwig Feurbach.
Marx utilizou o método dialético para explicar as mudanças importantes ocorridas na história da humanidade através dos tempos. Ao estudar determinado fato histórico, ele procurava seus elementos contraditórios, buscando encontrar aquele elemento responsável pela sua transformação num novo fato, dando continuidade ao processo histórico.
A dialética é um método filosófico criado por Zenôn de Eleia e Heráclito de Éfeso (gregos) que consiste na dinâmica dos opostos, nos confrontos de antagonismos. Ou seja, método de diálogo cujo foco é a contraposição e contradição de ideias que leva a outras ideias, o que alarga o conhecimento humano.
Marx desenvolveu uma concepção materialista da História, afirmando que o modo pelo qual a produção material de uma sociedade é realizada constitui o fator determinante da organização política e das representações intelectuais de uma época.
Assim, a base material ou econômica constitui a "infraestrutura" da sociedade, que exerce influência direta na "super-estrutura", ou seja, nas instituições jurídicas, políticas (as leis, o Estado) e ideológicas (as artes, a religião, a moral) da época.
Segundo Marx, a base material é formada por forças produtivas (que são as ferramentas, as máquinas, as técnicas, tudo aquilo que permite a produção) e por relações de produção (relações entre os que são proprietários dos meios de produção as terras, as matérias primas, as máquinas - e aqueles que possuem apenas a força de trabalho).
Ao se desenvolverem as forças produtivas trazem conflito entre os proprietários e os não-proprietários dos meios de produção. 0 conflito se resolve em favor das forças produtivas e surgem relações de produção novas, que já havia começado a se delinear no interior da sociedade antiga. Com isso, a super-estrutura também se modifica e abre-se possibilidade de revolução social.
No Prefácio do livro "Contribuição à crítica da economia política", Marx identificou na História, de maneira geral, os seguintes estágios de desenvolvimento das forças produtivas, ou modos de produção: o asiático (comunismo primitivo), o escravista (da Grécia e de Roma), o feudal e o burguês, o mais recente e o último baseado no antagonismo das classes porque dará lugar ao comunismo, sem classes, sem Estado e sem desigualdades sociais.
A evolução de um modo de produção para o outro ocorreu a partir do desenvolvimento das forças produtivas e da luta entre as classes sociais predominantes em cada período. Assim, o movimento da História possui uma base material, econômica e obedece a um movimento dialético. A passagem do modo de produção feudal, para o modo de produção capitalista burguês, e um exemplo claro:
"0 modo de produção feudal é o fato positivo, a afirmação mas já traz dentro de si o germe de sua própria negação: o desenvolvimento de suas forças produtivas propicia o surgimento da burguesia. À medida que estas forças produtivas se desenvolvem, elas vão negando as relações feudais de produção e introduzindo as relações capitalistas de produção. A luta entre a nobreza e a burguesia vai se acirrando; em um determinado ponto deste desenvolvimento ocorre a ruptura e aparece o terceiro elemento mais desenvolvido, que é mo do de produção capitalista. É, portanto, 5 luta entre as classes que faz mover a História.'' (SPINDEL, A. op. cit. p. 39.)
Marx e Engels começaram a formular a concepção matérialista da História quando escreveram juntos "A Ideologia Alemã", em 1845/46; o materialismo histórico é, de acordo com Marx, o "fio condutor" de todos os estudos subsequentes. Os conceitos básicos do Materialismo Histórico constituem uma teoria científica da História, vista até então como uma simples narração de fatos históricos. Ele revolucionou a maneira de se interpretar a ação dos homens na História, abrindo ao conhecimento, uma nova ciência e aos homens uma nova visão filosófica do mundo: o Materialismo Dialético.  
A dialética hegelian afirma que cada conceito possui em si o seu contrário, cada afirmação, a sua negação. 0 mundo não é um conjunto de coisas prontas e acabadas, mas sim o resultado do movimento gerado pelo choque destes antagonismos e destas contradições. A afirmação traz em si o germe de sua própria negação (tese X antítese); depois de se desenvolver, esta negação entra em choque com a afirmação e este choque vai gerar um terceiro elemento mais evoluído, que Hegel chamou de "síntese" ou "negação da negação". (SPINDEL, Arnaldo. 0 que Socialismo.São Paulo, Brasiliense, 1983, p. 31.)
Em seu sentido mais amplo, o materialismo afirma que tudo o que existe é apenas matéria, ou pelo menos, depende da matéria. Em sua forma mais geral, afirma que a realidade humana é essencial mente material. (Dicionário do Pensamento Marxista, ed. por Tom Bottomore, Rio de Janeiro, zahar, 1988, p. 254.)
As posições políticas e intelectuais de Karl Marx modificaram a ciência e a política no início da ascensão do modo de produção capitalista porque queria compreender o modo de produção capitalista, expor as suas contradições mediante a elaboração de uma ciência e originar uma corrente de pensamento mais revolucionária do ponto de vista teórico e da prática social.
Alienação em seu sentido jurídico significa: transferência, venda de um bem ou direito. Entretanto, Marx se utilizou se utilizou no sentido filosófico. Rousseau (francês) havia utilizado no sentido de: privação, falta ou exclusão. Hegel e Feuerbach, usam com o sentido de desumanização e injustiça. Peça-chave para compreensão da exploração histórica sobre o proletariado, Marx se refere a falta de consciência histórica que separou o operário dos “meios de produção” e do fruto de seu trabalho. Ideia que se opunha a política da igualdade e da liberdade que foi proposto pelos intelectuais do capitalismo e do individualismo no século XIX.
O conceito de alienação é histórico, tendo uma aplicação analítica numa ligação recíproca entre sujeito, objeto e condições concretas específicas. Logo, a história afirma que o homem evoluiu de acordo com seu trabalho. Portanto, a diferença do homem está na sua criatividade de procurar soluções para seus problemas, então com a prática do trabalho desenvolve seu raciocínio e sempre aprende uma “nova lição” e coloca-a em prática. Por isso, a alienação no trabalho é gerada na sociedade devido à mercadoria. "A atividade produtiva é, portanto, a fonte da consciência, e a ‘consciência alienada’ é o reflexo da atividade alienada ou da alienação da atividade, isto é, da auto-alienação do trabalho." Mészaros (1981, p.76).

Após Marx confrontar a economia política, lançando pela primeira vez o termo “alienação no trabalho” e suas conseqüências no cotidiano das pessoas, Marx expõe pela primeira vez a alienação da sociedade burguesa – fetichismo, que é o fato da pessoa idolatrar certos objetos (automóveis, jóias, etc). O importante não é mais o sentimento, a consciência, pensamentos, mas sim o que a pessoa tem. Sendo o dinheiro o maior fetiche desta cultura, que passa a ilusão às pessoas de possuir tudo o que desejam a respeito de bens materiais.
É muito importante também destacar que alienação se estende por todos os lados, mas não se trata de produto da consciência coletiva. Na sociedade burguesa todos são alienados. Os capitalistas por serem agentes revolucionários, conquistados após a revolução francesa aos quais garantiu direitos a pessoa humana. Marx se atentou contra a alienação da classe trabalhadora. Para ele era necessário uma Tomada de Consciência, para superar a alienação determinada pelas relações de trabalho e da produção. Primeiramente a tomada de consciência sobre si, depois sobre a sua própria classe (determinada pelas relações antagônicas e produtivas das classes sociais) para posteriormente, uma tomada de consciência revolucionária. O trabalhadore dee ter consciência revolucionária e perceber que é o motos de sua própria história e, portanto, tem o potencial de transformar a sociedade e o mundo em que vive.
Para o pensamento econômico clássico (Adam Smith, David Ricardo) ao qual Marx se relaciona, a verdadeira fonte de valor e riqueza das sociedades é o TRABALHO. E os proletários (proletariado) são os produtores diretos, que criam valores.

Outro conceito basilar para Marx se refere as classes sociais. São duas as classes sociais que se apresentam no capitalismo. O que determina as classes sociais são as “relações de produção”. Dividem os seres humanos em proprietários dos “meios de produção” e os não-proprietários. A classe capitalista ou burguesa, que na relação de produção é a classe que possui os “meios de produção” e a classe proletária, que vende a sua “força de trabalho”. O salário é o valor pago pela “força de trabalho” considerado como uma mercadoria.
Historicamente as classes mantêm relações antagônicas em que cada classe social possui interesses específicos e conflituosos. A classe social dos capitalistas em aumentar seus lucros e a classe social dos proletários, que não possuem os bens da produção, em salários altos e dignos com as categorias profissionais.


Bons Estudos.
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